O quintal de casa produzia maracujás do tamanho de mini jabulanis.
A afirmação do cabeçalho aqui em cima indica que (1) eu tive uma relação de memória afetiva muito grande com a Copa do Mundo de 2010 e bolas que eram vendidas em tamanho reduzido e (2) minha mãe tem um pé gigante de maracujá.
Gigante, porque ele subiu o pé de caju que havia do lado, e escalou o pé de manga do vizinho. Ele atravessou o muro. Meu pai ainda fez um espaço com banquinhos e um chão de madeira, com vigas que apoiavam o pé de maracujá como fossem um telhadinho vivo de maracujás gigantes.
Eu cortei ramas do pé. Dias depois meu pai puxou os galhos secos, e fizemos pequenos fenos para jogar fora. Cortamos os galhos secos do pé de caju sufocado, e agora ele teria ânimo para respirar. Cavamos a terra em volta do pé e adubamos, para ele ter ânimo de reviver. Todo dia de manhã a mãe rega o pé de caju. Me senti com nove anos.
Era uma dessas coisas que a gente mostra para todo mundo que gosta de quintal e planta com orgulho, e escrevo no blog quando não tenho mais nada para publicar.
3 comentários em “Pé de maracujá”
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Que lindo! Coloca uma foto qualquer dia desses 🙂
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É tão bonito, Nicole! Ele dá em ramas, igual uva, chuchu ou bucha. Atrai muitas borboletas durante o dia. Aqui em casa fizemos um espaço para que ele subisse formando um telhadinho vivo para deitar na rede embaixo. Quando ele não está sufocando pés de caju por aí, é muito lindo!
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Nunca vi um pé de maracujá!
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