Episódio anterior
A carreata parou na praça central da cidade, depois de passar pelo centro e a maioria dos bairros de classe média. Eram por volta de seis ou sete carros, e ali estavam grande parte dos empresários da cidade. Pararam para conversar e tomar umas latas de cerveja.
– Aê galera! Tem pra todo mundo aqui! – disse Guilherme, tirando uns fardos de cerveja da caminhonete.
No total haviam umas quinze pessoas ali, e logo a outra carreata chegaria, e passariam um tempo ali confraternizando, discutindo e falando mal do governador. Nem todos usavam máscara. Mas todos repassavam as latinhas, e conversavam a menos de 2 metros de distância. Bem menos.
Por volta das cinco da tarde daquele domingo, eram 11 carros na frente da prefeitura, com o objetivo de pressionar o executivo municipal a liberar o comércio. Algum acordo deveria ser feito, afinal, o remédio não pode ser pior que a doença.
Naquela tarde de domingo, direta ou indiretamente, mais 5 famílias foram contaminadas.
Em menos de duas semanas, mais de 50 pessoas contaminadas.
E subindo.
Um comentário em “Contágio #7”
Os comentários estão encerrados.