Há uns quatro anos, em uma semana ensolarada de Novembro, eu decidi fazer um disco.
Sempre fui apaixonado por música. Cresci com minha mãe cantando, minha irmã ouvindo rádio e meu pai tocando violão pela casa. As três coisas não aconteciam ao mesmo tempo, mas serviu para que eu tivesse uma base musical desde a infância.
Então, muitos anos depois, gravei um disco. Todos os dias de uma semana de Novembro de 2015 eu cheguei em casa, peguei um caderno, uma caneta, e escrevi letras e versos. Sempre com o violão do lado. Logo depois eu gravava, usando o programa mais fácil de gravar e editar faixas de áudios.
Eu aproveitei a história que tinha criado umas semanas anteriores, em um piquenique. Era o romance adolescente entre uma cleptomaníaca e um vendedor de loja de travesseiros que termina de uma forma um tanto quanto trágica – sem maiores spoilers.
Tudo o que eu tinha eram um violão, uma gaita de R$10,00 e um notebook. As letras, eu escrevi para vozes femininas e masculinas, como se cada música fosse parte de um diálogo entre o casal, do início até o fim do relacionamento.
Esse texto pode parecer uma grande viagem da minha cabeça, como a maioria das Coisas de Pedro, mas é verdade.
Só não é bom.
Na verdade, eu prefiro dizer que é um EP só com demos sem qualquer profissionalismo ou compromisso com qualidade que, talvez, um dia viria a ser um disco de verdade.
E você pode ouvir ele aqui embaixo, ou clicando aqui.
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